NTN-SNR é a primeira a fabricar rolamentos de terceira geração
A
NTN-SNR, que detém 15% do mercado de
rolamentos de rodas para automóveis e comerciais leves no Brasil – só não vende para Hyundai –, está trazendo uma novidade para o País e para América Latina: é a primeira empresa a produzir rolamentos de roda de terceira geração na região, de acordo com o diretor geral Stéphane Grande.
Segundo o executivo, a produção foi iniciada em 9 de abril para atender o novo Ford Ecosport e o Toyota Etios. Desde então, 25 mil componentes têm sido fabricados mensalmente na fábrica da empresa em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba (PR), com área total de 7 mil metros quadrados.
Ele adianta que novos contratos já foram fechados para outros veículos que ainda não estrearam no Brasil e prevê que 120 mil rolamentos de terceira geração sejam feitos até dezembro deste ano. Serão 600 mil em 2013.
No Brasil, a demanda maior é por rolamentos básicos, de primeira geração, sem nenhuma função agregada. O de segunda geração, ainda com pouco uso local, tem como diferencial a função de cubo de roda. Já o de terceira, o mais moderno, agrega ainda duas flanges adicionais para fixação da roda do veículo. A NTN-SNR produz atualmente todos esses tipos de componentes, além de semieixos.
Leonardo Araújo, supervisor comercial da NTN-SNR, explica que o rolamento de terceira geração apresenta maior durabilidade e é mais fácil de montar e 20% mais leve que os demais, proporcionando redução de peso para os veículos e, consequentemente, de consumo e emissões.
INVESTIMENTOS
A NTN-SNR é fruto de uma parceria entre a francesa SNR, que chegou ao Brasil em 2000 como propriedade da Renault, e a japonesa NTN. Esta última iniciou o processo de compra da SNR em 2007 e hoje detém mais de 80% de sua operação global. A produção local da NTN-SNR é 100% dedicada ao setor automotivo e exporta para Argentina, Colômbia e Uruguai. Já em outros países também são feitos rolamentos para operações industriais e aeroespaciais.
O diretor Stéphane Grande não revela quanto foi investido especificamente para a produção dos rolamentos de terceira geração. Segundo ele, para conquistar a liderança do mercado brasileiro, a empresa – que hoje fornece 40% dos rolamentos de roda na Europa e 25% mundialmente – está aplicando cerca de R$ 40 milhões até o fim de 2013 na expansão da produção em Fazenda Rio Grande para sete linhas (cinco para rolamentos de primeira geração e duas para os de terceira). “Já temos vários projetos confirmados com várias montadoras instaladas na região.”
De acordo com Araújo, a fábrica, que hoje tem cerca de 130 trabalhadores, terá 160 até o próximo ano. A produção de peças, de 2,5 milhões em 2012, chegará a 4,5 milhões já em 2013. O faturamento no Brasil será de R$ 185 milhões em 2012 e de 400 milhões daqui a 5 anos.
Por: Camila Franco, AB - 30/08/2012